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Romantismo x romantismo

              No dia-a-dia costumamos falar de uma música. Aquela melodia, aquela letra... Passamos a viajar na imaginação embalada por uma canção. Quando não é uma música que nos inspira, é um livro que nos faz sair do corpo e velejar pelos mares do pensamento. Não podemos nos esquecer dos lindos filmes que fazem os corações mais enrijecidos se sensibilizarem. E aquele jantar romântico à luz de velas no dia dos namorados... Tudo é sugestão para deixar nossos corações mais sensíveis e extremamente apaixonados. Mas, atenção! Esse romantismo a que nos referimos até agora não tem a ver com a estética literária chamada Romantismo.

            O Romantismo é a expressão artística de um pensamento que coloca no centro de sua visão de mundo o sujeito, suas paixões e seus valores.

             Os neoclássicos seguiram com certo rigor os modelos clássicos: a ordem, o equilíbrio e a objetividade. Os românticos privilegiaram a liberdade de expressão. O espírito criativo tornou-se mais importante que a adesão a regras formais e procedimentos tradicionais, o que implicou o abandono dos artifícios arcádicos e das regras clássicas, substituídas pela livre iniciativa individual.

       Com a ascensão da burguesia ao poder na França, em 1789, surge a necessidade de uma arte harmonizada com o contexto social e com o perfil do público que se formava.

          Em meados de 1789, a burguesia capitalista industrial consolidou um padrão artístico próprio, em oposição aos padrões da aristocracia que vigoravam nos três séculos anteriores. Essa nova arte é o Romantismo.

        O Romantismo transpirava rebeldia e gosto pela liberdade, foi uma fase voltada para os assuntos contemporâneos e para o cotidiano do homem burguês do século XIX. Esse valorizava o homem emotivo, intuitivo e psicológico, e por isso desprezava o racionalismo dos iluministas.

          O Romantismo é a manifestação cultural de uma época de transformações e rupturas, de lutas e incertezas. Na literatura romântica se verificam traços típicos do gosto e da sensibilidade moderna.

 

 

                                                  O Romantismo No Brasil

 

        Em 1808, a Família Real portuguesa – abandonando Lisboa por causa da invasão do exército napoleônico – instalou-se no Rio de Janeiro, declarando a cidade a nova sede do governo e promovendo melhorias que a transformaram em importante centro urbano. Em sua fase inicial, o Romantismo brasileiro identifica-se com o projeto de “fundação do país”, imprimindo em nossas letras a marca da nacionalidade e da peculiaridade local, “descobrindo” e exaltando a nação independente. Embora derive do Romantismo europeu, o movimento romântico no Brasil apresenta traços próprios, como, por exemplo, a valorização da figura Literária do índio.

 

 

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